segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os 70 anos da insurreição do gueto de Varsóvia

Decorreu, no passado sábado, dia 18 de maio, no Fórum Municipal de Castro Verde, um Seminário de Formação subordinado ao tema "Os 70 Anos da Insurreição do Gueto de Varsóvia".

Este Seminário, organizado pela Escola Secundária de Castro Verde e pela Memoshoá - Associação Memória e Ensino do Holocausto, contou com a participação da Dra. Esther Mucznik, Presidente da Memoshoá, do Dr. Jochen Oppenheimer, professor universitário, e da Dra. Eliana Rapp Badihi, da Escola Internacional do Yad Vashem. O Seminário foi também uma oportunidade para a apresentação de dois projetos sobre a memória do Holocausto que foram desenvolvidos ao longo deste ano letivo, um na Escola Secundária de Castro Verde e o outro na Escola Secundária Josefa de Óbidos, em Lisboa.

Uma das facetas menos conhecida da história do Holocausto é exatamente a dos levantamentos e revoltas dos Judeus contra os seus captores. Ocorreram cerca de 50 levantamentos em guetos e campos de extermínio, dos quais o mais conhecido é, sem dúvida, o do Gueto de Varsóvia, o qual aconteceu entre 19 de abril e 16 de maio de 1943. Durante quase um mês um grupo de cerca de 750 Judeus, mal armados e enfraquecidos pela fome, pelas doenças e pelos maus-tratos constantes, resistiram às bem treinadas e bem equipadas tropas nazis. Finalmente, ao final do dia 16 de maio, a revolta foi esmagada e o gueto foi completamente arrasado pelos nazis.

Das diversas intervenções, salientamos as palavras da Dra. Esther Mucznik, que nos parecem extremamente pertinentes face ao momento que atravessamos no nosso país. Afirmou a Dra. Esther, a propósito da resistência dos Judeus do Gueto de Varsóvia: “A resistência é mais que a luta armada; no meio do desespero, um sorriso é resistência.”

Finalmente, foram apresentados os projetos das escolas. A escola anfitriã do Seminário, a Escola Secundária de Castro Verde, apresentou mais detalhadamente o projeto “Memória Viva”, dinamizado pela profª Aura Pereira, em colaboração com a Biblioteca Escolar, o qual envolveu alunos, professores, funcionários e a comunidade local, contando com o apoio da Câmara Municipal, entre outras entidades locais. Foi um projeto abrangente e ambicioso, mas extremamente rico, quer do ponto de vista pedagógico, quer do ponto de vista do desenvolvimento pessoal e social de cada um dos participantes. Particularmente interessante, para além das intervenções das professoras Aura Pereira e Paula Freire, professora bibliotecária da Escola Secundária de Castro verde, foi o testemunho, breve mas sentido, de duas alunas da turma PIEF da escola.


Os nossos parabéns à organização e a todos os intervenientes por esta excelente iniciativa.

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