terça-feira, 20 de março de 2018

Pedro Alecrim - O regresso a casa 3

Na sequência das outras publicações, eis o último texto sobre o Pedro Alecrim e o seu pai. Desta vez, o texto é da autoria da Mafalda Sampaio.

Acenei com a cabeça.
Logo ouvi a mãe do Martinho a apitar. Tínhamos combinado que ela nos vinha buscar.
Despedi-me do meu pai com um simples “adeus”, fiquei com um aperto no coração, mas não liguei.
Fui para o carro e reparei na diferença dos cheiros: no hospital cheirava a desinfetante para as mãos misturada com um detergente esquisito; no carro havia um aroma a ambientador de morango, um pouco enjoativo.
Mal cheguei a casa fui para a cama, sem jantar, ainda cedo.
Acordei de madrugada com a minha mãe ao telefone, muito inquieta. Apercebi-me logo do que se tratava.
Dez minutos depois, já estávamos todos de pé, chegou a carrinha do hospital com ele lá dentro. O meu pai não me cumprimentou e sentou-se à porta de casa. Não sei como, mas resisti à tentação de lhe dar um grande abraço.
A mãe trouxe-lhe amoras.
– Vai buscá-lo, não percamos tempo. – disse-me o pai.
Não soube logo do que ele estava a falar, mas depois apercebi-me.
– Está aqui, mas as cordas estão estragadas… desculpe.
– Não faz mal, o Tio Trindade põe o teu cavaquinho como novo!
– Meu? – indignei-me.
– Sim, tu mereces – disse o meu pai com um brilhinho especial nos olhos.

Mafalda Sampaio, 6.ºC

quarta-feira, 14 de março de 2018

Pedro Alecrim - O regresso a casa 2

"No texto do Grupo II, lemos uma conversa entre o filho e o pai, internado no hospital. No fim, fica uma promessa do pai.
Relembrando o que leste neste livro [Pedro Alecrim], sabes qual foi o desfecho. Mas imagina que o pai do Pedro recuperava e regressava a casa para cumprir a promessa."


Passadas duas semanas, a mãe do Pedro recebe um telefonema da enfermeira. O pai do Pedro podia regressar a casa. Todos contentes, foram buscá-lo e voltaram para casa.
 Que saudades vossas! – disse o pai do Pedro.
Já era noite e foram dormir. Logo cedo, por volta das sete da manhã, a mãe do Pedro, a Rosália e o Jacinto foram ao supermercado. O pai do Pedro acordou.
 Filho, acorda, tenho uma surpresa!
– Ohh pai, estou comm tantoo sonoo – disse o Pedro a bocejar.
– Deixa lá esse sono, vou ensinar-te a tocar cavaquinho!
Pedro lá acordou muito entusiasmado e foi com o seu pai até à sala e tocaram. Passaram-se poucos meses e o Pedro já sabia tocar cavaquinho muito bem.
Pedro recebeu um convite para ir a Paris tocar cavaquinho, junto de outros famosos e aceitou o convite. Assim,  com tanto sucesso, Pedro já era famoso e muito feliz.

Mariana Luís
6.ºC

segunda-feira, 12 de março de 2018

Descrição de uma imagem

Na aula de Português, os alunos foram desafiados a descrever uma personagem a partir de uma imagem.
.
Eis aqui dois desses textos, lidos pelos seus autores, a Carolina Lucas e o João Roque, ambos da turma 5.ºA.




sexta-feira, 9 de março de 2018

Caderno do Desassossego (continuação)


Dia de chuva

Por incrível que pareça, sinto um enorme conforto na chuva. Ainda hoje choveu o dia todo e dei por mim num sono leve, muito reconfortante e singular. Quase posso dizer que não precisava de mais nada sem ser a chuva.
      São pequenas coisas que nos abraçam, e nós rendemo-nos a elas, só por serem tão simples e especiais. A chuva une corações, simplesmente, porque há que fugir da chuva para não nos molharmos. À noite, somos obrigados a ter recordações que só a precipitação sabe trazer, até podemos ficar tristes, mas nada que um cheiro a terra molhada proporcionado pela chuva do dia anterior, não melhore.     
      Prezemos então as coisas mais simples!

Catarina Pereira, nº 14, 12º E

quinta-feira, 8 de março de 2018

Pedro Alecrim - O regresso a casa

Mais alguns exemplos da criatividade e capacidade de escrita dos nossos alunos mesmo em situação de stress, como é caso de um momento de avaliação formal.
Desta vez, o ponto de partida, dado pela professora no teste de Português, a propósito da obra "Pedro Alecrim", de António Mota, era o seguinte:

"No texto do Grupo II, lemos uma conversa entre o filho e o pai, internado no hospital. No fim, fica uma promessa do pai.
Relembrando o que leste neste livro [Pedro Alecrim], sabes qual foi o desfecho. Mas imagina que o pai do Pedro recuperava e regressava a casa para cumprir a promessa."

Aqui fica um dos textos produzidos. Ao longo da semana iremos publicar mais. Fiquem atentos! 😊

O regresso a casa

Alguns dias depois de o Pedro e a mãe terem ido visitar o pai, ele regressou a casa.
Ainda cansado e um pouco doente, nada o podia impedir de brincar com os filhos, até porque tinha a medicação certa para tomar.
O Pedro, como estava na escola, não sabia que o pai já tinha voltado do hospital. Quando chegou a  casa e viu o pai, as lágrimas caíram-lhe pelos olhos abaixo.
 Pai! – disse o Pedro.
 Filho, já voltei do hospital e estou pronto para te ensinar a tocar o cavaquinho.
 Finalmente, pai! – respondeu o Pedro.
E foi logo buscar o cavaquinho. O pai disse que ninguém, a não ser ele, o podia ensinar a tocar.
O pai ensinou-o a tocar algumas notas. E nessa mesma noite todos tocaram e cantaram.
Foi uma noite cheia de diversão.

Inês Canena
Turma 6.º C

segunda-feira, 5 de março de 2018

Canção de um mundo

Os nossos alunos são muito criativos e mesmo em situação de stress, como é o caso de um teste, eles são capazes de escrever textos muito agradáveis e interessantes. Eis um exemplo de um desses textos.
O ponto de partida, dado pela professora no teste, era o seguinte:

"O cavaquinho esteve presente ao longo de todo este teste.Escolhe, agora, um instrumento musical da tua preferência e relata um episódio engraçado (real ou imaginário) que tenhas vivido com ele."

Este foi o texto escrito pela aluna. Parabéns pela imaginação e criatividade!



Canção de um mundo

Eu toco acordeão. Dizem que é só para velhos, mas eu toco acordeão.
No dia em que o “conheci” achava que era “uma seca”, tal como tu achas. Era só um objeto todo torcido e cheio de botõezinhos sem sentido. O plástico era todo brilhante e piroso. Quando cheguei a casa, coloquei-o por debaixo da minha cama.
Um dia, por graça, fui buscá-lo. Toquei um pouco, mas de repente:
- Olha lá! “Tás” fazendo o quê comigo? – reclamou ele.
- Tu falas? – perguntei.
- Não, só estás a sonhar… Claro que sim! Pareces um teclado sem teclas, uma viola sem corda! Não percebes nada sobre instrumentos. – zangou-se.
- Mas… mas… os instrumentos não falam…
- São sempre assim os humanos! – suspirou.
- Mas conheces muitos humanos? – perguntei já em mim.
- Sim! Eu viajei pelo mundo: já toquei samba no Brasil, músicas irlandesas e chinesas e…
- Uau! – exclamei.
E foi assim que comecei a tocar acordeão, mas não um acordeão qualquer: comecei a tocar um acordeão que me fazia viajar para todo o lado!


Clara
Nº3, 6ºB

quinta-feira, 1 de março de 2018

Vamos dar voz aos livros

Alguns alunos gostam muito de ler em voz alta e fazem-no com muita expressividade.

Foi a partir desta constatação que um grupo de alunos, incentivados pela professora de Português, veio até à Biblioteca para fazer pequenas gravações de excertos de alguns dos seus livros preferidos. Este pode ser um modo de divulgar os livros e também de incentivar outros alunos à sua leitura, além de permitir a aquisição de outras competências.

Para começar, aqui temos um excerto do livro "A Floresta", de Sophia de Mello Breyner, pela voz do João Roque, da turma 5.ºA.
Esperamos que gostem!