A quarentena
Algumas semanas antes, todas as crianças brincavam com o
assunto, mas começou-se a ouvir cada vez mais e mais, notícias de que o vírus
chegaria a Portugal… então, em março, decidiram fechar a escola e foi o início
do confinamento (quase ninguém conhecia esta palavra). Era sexta-feira e todas
as crianças da escola se despediram umas das outras e aí começou o
confinamento. Todos nós pensávamos que iria acabar mais ou menos nas férias da Páscoa,
mas, como sabemos, não foi isso que aconteceu.
artmajeur.com
As semanas foram passando e os nossos médicos, enfermeiros e
auxiliares portugueses e de todo o mundo foram lutando contra o covid-19. Enquanto
eles faziam o seu trabalho, muitas vezes, sem estarem com as suas famílias, nós,
as crianças, fazíamos os nossos trabalhos da escola, tendo começado a aparecer
plataformas novas para os professores conseguirem enviar as atividades a
realizar.
As semanas passaram, e passaram até que o povo português foi
aos poucos ganhando mais liberdade, algumas pessoas já iam à praia e, aos
poucos, outros serviços abriram e muitas mais coisas.
As crianças tinham
aulas pelo computador, pelo telemóvel e através da televisão, contudo, surgiu
um problema, pois havia crianças que não tinham computadores ou não tinham os
pais em casa para os ajudar. (…)Por agora, o ano letivo já está a acabar e o confinamento
também terminou, mas o vírus permanece entre nós, e os casos continuam a
aumentar...
Sabemos que esta situação não irá durar para sempre, no
entanto, se todos contribuirmos e ajudarmos, não irá piorar. Não gostei muito
desta experiência, pois senti falta dos meus amigos e familiares, mas, por outro
lado, foi uma grande lição e aprendi muitas coisas novas, não gostaria de
repetir e espero que ninguém volte a passar pelo mesmo.
(texto com adaptações)
Laura Potter (22 de Junho de 2020)
Professora da turma 7º C -
Milene Marreiros