Fotografia de Eduardo Gageiro, Lisboa 1964 |
Os restos mortais da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen são hoje, dia em que se completam 10 anos sobre a sua morte, trasladados para o Panteão Nacional.
Falecida aos 84 anos, Sophia de Mello Breyner Andresen foi autora de vários livros de poesia, entre os quais "O Nome das Coisas" e "Coral", de obras de ensaio, designadamente "O Nu na Antiguidade Clássica", contos, como "Histórias da Terra e do Mar", e também teatro, "O Colar", tendo traduzido vários autores, como Dante e William Shakespeare. Mas para muitos de nós é talvez a ficção infantil, com obras como "A Fada Oriana", "A Menina do Mar" e "Noite de Natal", que nos proporcionou o primeiro e marcante contacto com a obra desta mulher extraordinária.
Sophia foi também uma forte opositora ao regime fascista e a sua poesia refletia essa atitude política e cívica que pautava a vida de Sophia de Mello Breyner. Como se lê no projeto de resolução da Assembleia da República que aprovou, no passado dia 20 de fevereiro, a concessão de honras de Panteão Nacional à escritora, esta é uma forma de homenagear "a escritora universal, a mulher digna, a cidadã corajosa, a portuguesa insigne", e de evocar o seu exemplo de "fidelidade aos valores da liberdade e da justiça".
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